Taxa de corretagem: entenda o que é e como funciona!

As instituições financeiras, como corretoras de valores e bancos de investimentos, têm um papel fundamental no mercado financeiro. Afinal, elas conectam os investidores aos ativos disponíveis. Para serem remuneradas por esses serviços, as instituições podem cobrar a taxa de corretagem.

Como investidor, é essencial entender os custos envolvidos nas suas operações, já que eles podem influenciar de maneira significativa o retorno que você obtém dos seus investimentos. Logo, conhecer melhor essa taxa é especialmente relevante ao investir.

Quer entender o que é a taxa de corretagem, como ela funciona e de que forma é cobrada? Então não deixe de acompanhar as informações deste post!

Taxa de corretagem: o que é e como funciona?

A taxa de corretagem é uma tarifa que a corretora de valores cobra de clientes que realizam operações no mercado financeiro, como na bolsa de valores. Logo, esse é um encargo que os investidores pagam tanto na compra quanto na venda de ativos, não importando o volume negociado.

Logo, se você comprar 10, 100 ou 1.000 papéis de uma empresa, haverá a cobrança da taxa de corretagem, caso a instituição financeira preveja a incidência dessa taxa.

Como esse valor é calculado?

Após entender o que é e como funciona a taxa de corretagem, é válido saber como essa tarifa é calculada. Geralmente, as instituições financeiras cobram uma porcentagem específica, conforme o tipo de investimento e o valor da transação. A cobrança ocorre sobre o valor total da operação.

No entanto, é válido ressaltar que essa cobrança costuma ser diferente de acordo com a política da corretora ou do banco de investimentos. Algumas empresas podem cobrar um valor fixo por ordem. Já outras realizam uma cobrança híbrida, mesclando um valor fixo e uma porcentagem.

Além disso, existem instituições que oferecem planos com taxas diferenciadas conforme o volume de operações realizadas pelo investidor. Portanto, o ideal é avaliar as regras e opções de cada instituição para encontrar aquela que apresenta as melhores condições.

Quais as diferenças entre taxa de corretagem e taxa de custódia?

Se você já investe, é possível que já tenha ouvido falar sobre a taxa de custódia, além da taxa de corretagem. Porém, é importante considerar que elas são diferentes e terão impactos distintos na sua rentabilidade.

A taxa de corretagem, como você viu, é uma tarifa cobrada pela corretora ou pelo banco de investimentos. Ela serve para remunerar os seus serviços de intermediação nas transações de compra e venda de ativos financeiros.

Já a taxa de custódia é um encargo cobrado pela instituição responsável pela custódia dos investimentos — que também pode ser a bolsa de valores brasileira, B3. Essa tarifa remunera os serviços de guarda e administração dos ativos.

A taxa de custódia é mais conhecida quando se fala em investimentos de renda fixa, em especial nos títulos públicos do Tesouro Direto. Porém, ela também está presente na renda variável. Em todos os casos, ela costuma representar uma porcentagem sobre o montante total investido.

De que forma a taxa de corretagem é cobrada?

Até aqui, você conheceu os principais aspectos sobre a taxa de corretagem. Agora, vale compreender de que maneira essa tarifa é cobrada. Na prática, o processo pode variar entre as instituições.

Algumas cobram o tributo logo após a execução de uma ordem, descontando o valor da conta do investidor. Já outras empresas oferecem a possibilidade de acumular as taxas e cobrá-las posteriormente em um determinado período.

Por isso, convém verificar a política de cobrança da instituição e entender como a taxa de corretagem será descontada. Assim, você pode escolher o que for mais vantajoso para a sua estratégia.

Toda corretora de valores cobra taxa de corretagem?

Conforme você acompanhou ao longo do artigo, a taxa de corretagem é uma tarifa cobrada por corretoras para remunerar o serviço de intermediação que elas executam. Porém, nem todas as instituições financeiras realizam a cobrança.

Na verdade, há muitas corretoras e bancos de investimentos que não cobram essa tarifa quando você investe em ações, fundos imobiliários e outros ativos ou derivativos disponíveis no mercado. Em geral, a isenção acontece em situações específicas, como adesão ao Retail Liquidity Provider (RLP) ou conforme o valor movimentado.

Então, antes de abrir uma conta e começar a investir, vale pesquisar as alternativas do mercado para encontrar oportunidades que tenham um bom custo-benefício. Aliando segurança operacional, praticidade e taxas atrativas, você terá mais benefícios em sua estratégia de investimentos.

Ter o suporte de instituições que dispensam a cobrança pode fazer uma grande diferença nos seus resultados, especialmente se você faz muitas operações.

Como a taxa de corretagem afeta a rentabilidade da sua carteira?

Para entender o impacto da taxa de corretagem sobre a rentabilidade dos seus investimentos, acompanhe o exemplo a seguir. Suponha que você decidiu adquirir ações de uma determinada empresa e deseja investir R$ 20.000.

Considere que, para isso, a corretora pela qual você fará o aporte cobra 0,3% de taxa de corretagem sobre o valor da operação — o que equivale a R$ 60. Logo, você poderá investir apenas R$ 19.940.

Agora, imagine que as ações valorizaram 15% e você decidiu vendê-las. A rentabilidade bruta seria de 15% do investimento inicial, ou seja, R$ 2.991. Porém, tem ainda a taxa de corretagem sobre a venda — R$ 22.931, com R$ 68,79 de taxa, reduzindo os ganhos.

Agora, pense nesse mesmo cenário, mas com uma corretora de taxa zero. Como não haverá a cobrança de nenhuma tarifa, o investimento será de R$ 20.000. Com uma valorização de 15%, você terá um retorno líquido de R$ 3.000.

No exemplo, foram desconsideradas outras taxas e impostos. Porém, como você notou, há uma diferença de R$ 69 na rentabilidade ao investir em cada corretora.

A princípio, a quantia talvez não pareça tão expressiva. Porém, pense no médio e longo prazo ou se você faz muitas operações. O impacto também se torna maior conforme o seu patrimônio aumenta.

Nesses contextos, o impacto sobre a rentabilidade líquida dos seus investimentos tende a ser considerável. Portanto, se você investe em ações, FIIs e outras alternativas de renda variável, costuma ser mais vantajoso optar por uma instituição que ofereça isenção nessa cobrança.

Como você viu, a taxa de corretagem, embora possa parecer pequena, pode influenciar consideravelmente os seus investimentos. Por isso, o mais indicado costuma ser buscar uma corretora que não cobre esse encargo.

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