FIIs ou ações: qual a melhor alternativa para a sua carteira?

É bastante comum o investidor ter dúvida sobre qual é a melhor alternativa de renda variável para investir: FIIs ou ações? Afinal, ambas têm o preço determinado pelo ânimo do mercado e podem realizar o pagamento de dividendos.

Apesar disso, cada uma delas conta com características próprias que podem influenciar no desempenho da sua carteira de investimentos. Diante disso, é importante conhecer mais a fundo essas possibilidades para que você possa tomar a melhor decisão.

Neste conteúdo, descubra se a melhor alternativa para a sua carteira de investimentos é alocar recursos em FIIs ou ações. Boa leitura!

Como funcionam os FIIs e ações?

Tanto os FIIs quanto as ações integram a classe da renda variável. Isso significa que os seus resultados são imprevisíveis e podem ser positivos ou negativos. Outra semelhança é que ambos os investimentos são negociados na B3 (a bolsa de valores brasileira).

Logo, para acessá-los, você precisará dispor de um home broker — a plataforma digital que permite enviar ordens de compra e venda na bolsa. Ele costuma ser fornecido gratuitamente por corretoras e bancos de investimentos, bastando abrir uma conta na instituição de sua preferência.

Além das semelhanças entre FIIs e ações, é preciso conhecer o conceito e funcionamento de cada um deles para entender suas diferenças. Veja abaixo!

FIIs

A sigla FII é a abreviação para fundo de investimento imobiliário. Trata-se de uma modalidade de investimento coletivo, formada pela comunhão de capital de múltiplos investidores. O seu objetivo é alocar esse patrimônio no setor imobiliário.

A carteira de um FII é montada por um gestor profissional, que seguirá as regras e estratégias que deram origem ao fundo. Conforme a lei que institui os FIIs, no mínimo 95% dos lucros do veículo devem ser distribuídos, pelo menos, semestralmente entre os seus cotistas — a título de dividendos.

Os fundos imobiliários podem ser classificados em 3 principais tipos:

  • fundos de tijolo: investem majoritariamente em imóveis físicos;
  • fundos de papel: adquirem títulos e certificados voltados ao setor imobiliário;
  • fundos de fundos: compram cotas de outros fundos imobiliários.

O principal custo de um FII é a chamada taxa de administração, destinada à remuneração do gestor e sua equipe. Eles também podem contar com a taxa de performance — um bônus pago ao profissional quando os resultados apresentados pelo fundo superam um benchmark predeterminado.

Ações

As ações representam a menor parte negociável do capital social de uma empresa. Ou seja, ao adquiri-las, você compra uma pequena fração da companhia, garantindo a participação nos seus lucros e riscos.

Segundo a lei aplicável, toda a empresa que decide abrir seu capital na bolsa fica obrigada a distribuir parte dos seus lucros aos acionistas, em forma de dividendos. Apesar dessa obrigação legal, a definição do percentual e a periodicidade de pagamento são definidos pela própria organização.

Além dos dividendos, uma empresa pode compartilhar parte dos seus lucros por meio de juros sobre o capital próprio (JCP), bônus de subscrição ou bonificação. O primeiro é pago em dinheiro, semelhante aos dividendos. Já os demais são direitos relacionados a novas ações.

O que considerar na hora de investir nesses ativos? 

Agora que você viu o conceito e funcionamento de FIIs e ações, pode estar se perguntando o que considerar na hora de investir nesses ativos. Entre os diversos aspectos que devem embasar a decisão de investimento estão:

Liquidez

No mundo financeiro, a liquidez representa a facilidade e velocidade em que se pode converter um investimento em dinheiro. Na bolsa, ela envolve a quantidade de interessados em comprar ou vender uma ação ou cota de FII. Dessa forma, quanto maior a liquidez, mais fácil será negociar o ativo.

Rentabilidade

A rentabilidade pode ser conceituada como o retorno obtido a partir da realização do investimento. Como você aprendeu, ela não pode ser prevista na renda variável, mas nada impede de que ela seja medida ao longo do tempo para identificar o potencial de retorno.

Tributação

A tributação é um fator importante a ser observado, pois recai sobre a maioria dos investimentos. Nos FIIs, o Imposto de Renda (IR) é cobrado quando há a venda de cotas com lucro. A alíquota é de 20% sobre o ganho obtido — independentemente do tipo de operação realizada.

Nas ações, o IR recai sobre o ganho com a compra e venda dos ativos. Aplica-se uma alíquota de 15% para operações normais (realizadas entre mais de um dia) e 20% em operações day trade (realizadas no mesmo pregão).

Ainda há uma isenção fiscal, caso o volume de venda mensal não ultrapasse R$ 20 mil nas operações comuns.

Histórico de pagamento de dividendos

Outro fator a ser considerado é o histórico de pagamento de dividendos — especialmente para quem deseja montar uma carteira focada no recebimento de renda passiva. No entanto, em ambos os casos, ganhos passados não são garantia de lucros futuros.

Como escolher entre FIIs ou ações?

Ao chegar até aqui, você absorveu um conteúdo relevante sobre FIIs e ações, mas é possível que ainda não saiba escolher entre eles. Na verdade, a melhor opção de investimento será aquela que fizer mais sentido para o seu caso.

Nesse contexto, é essencial avaliar o seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Assim, você identificará o seu nível de apetite aos riscos, bem como poderá selecionar os investimentos capazes de atingir as suas metas financeiras previamente traçadas.

Também é pertinente destacar que você não precisa, necessariamente, escolher entre uma dessas opções. Isso porque é possível compor a sua carteira com ambas, aproveitando as vantagens que cada uma delas oferece.

Ao investir em ações, por exemplo, você conta com a possibilidade de se expor aos resultados de um ou mais segmentos empresariais. Além disso, há chances de ter ganhos com a valorização dos papéis, recebimento de dividendos ou JCP, entre outros.

Já investindo em FIIs, é possível participar dos resultados do setor imobiliário, seja com a valorização das cotas ou com o recebimento de dividendos. Ademais, esse é um investimento bastante prático, pois a administração da carteira do fundo é feita por um profissional do mercado.

Com as informações que você aprendeu neste conteúdo, ficará mais fácil decidir se vale a pena investir em FIIs ou ações. Entretanto, não se esqueça de que é possível investir em ambos e, assim, participar dos resultados do universo empresarial e do mercado imobiliário.

Você tem interesse em investir com o foco no recebimento de dividendos? Confira as melhores pagadoras desse provento no mercado no guia Dividendos.me!