Investir em ações ou em ETFs: qual a melhor opção para ter renda passiva?

O mercado financeiro oferece inúmeras oportunidades para quem deseja investir visando ter uma fonte de renda passiva no futuro. Por isso, é comum ter dúvidas sobre qual a melhor opção para alcançar esse objetivo: afinal, como escolher entre ações ou ETFs (exchange traded funds)?

Conhecer as características e o funcionamento de cada investimento é fundamental para saber se ele se encaixa na sua estratégia. Dessa forma, você consegue tomar decisões mais acertadas e alinhadas às suas expectativas.

Neste artigo, você entenderá como funciona o investimento em ações e ETFs e saberá analisar qual é a melhor opção para ter renda passiva.

Vamos lá?

Como funciona o investimento em ações?

As ações representam uma fração do capital social das empresas. Elas são negociadas na bolsa de valores e podem ser adquiridas por qualquer investidor interessado em participar dos resultados e riscos do negócio.

Em geral, o investimento em ações é feito com foco no longo prazo, visando o acúmulo de patrimônio e o ganho de capital. Além disso, horizontes maiores ajudam a diluir os riscos e a volatilidade do mercado.

O preço das ações está exposto à lei da oferta e demanda. Por esse motivo, a cotação varia conforme elementos como:

  • interesse dos investidores;
  • volume de negociações;
  • contexto econômico e político;
  • resultados da empresa.

É possível ter lucro com o investimento em ações de diferentes maneiras. Uma possibilidade é deixá-las na carteira e acompanhar a valorização dos papéis, vendendo os ativos quando o preço médio de compra for menor que o de venda.

Também é possível receber proventos, que são distribuídos aos investidores que possuem o ativo. A estratégia dependerá dos seus objetivos financeiros.

Como as ações podem gerar renda passiva para o investidor?

Como você viu, é possível receber proventos ao investir em ações. Existem quatro tipos principais: dividendos, juros sobre capital próprio (JCP), bonificação e bônus de subscrição. No entanto, apenas os dois primeiros são pagos em dinheiro, o que pode ser mais interessante para quem deseja ter renda passiva.

A distribuição de dividendos é obrigatória para toda empresa com ações negociadas na bolsa de valores brasileira (B3). O pagamento deve ser feito ao menos uma vez a cada exercício fiscal, caso a companhia realize lucro.

No entanto, o percentual de lucro líquido que será distribuído entre os investidores e a frequência de pagamento são definidos pela própria companhia. As definições devem constar no seu estatuto social.

Como são apurados do lucro líquido, os dividendos são isentos de Imposto de Renda (IR) aos acionistas. Ademais, vale saber que a companhia pode reinvestir os ganhos visando o seu desenvolvimento — por isso, nem todas as empresas são consideradas boas pagadoras de dividendos.

Já a distribuição dos juros sobre capital próprio é facultativa. Contudo, eles são lançados pelas empresas como despesas. Logo, há cobrança de IR sobre esse provento. A alíquota é de 15% e fica retida na fonte.

Assim, tanto os dividendos quanto os juros sobre capital próprio podem ser alternativas para compor uma fonte de renda passiva no futuro.

Como funciona o investimento em ETFs?

Depois de saber como funciona o investimento em ações, é hora de aprender mais sobre os ETFs. Também conhecidos como fundos de índice, esses são veículos de investimento coletivo que visam replicar o desempenho de um indicador de mercado.

Os recursos do fundo são administrados por um gestor profissional, que exerce uma gestão passiva conforme a estratégia definida — em regra, acompanhar a carteira teórica do benchmark. Por isso, o resultado do ETF tende a ser equivalente ao do índice de referência.

Além disso, há a cobrança de uma taxa de performance utilizada para remunerar o trabalho do gestor. Para investir nessa modalidade, basta adquirir as cotas negociadas na bolsa de valores. Então você pode se expor a uma carteira composta por diversos ativos, a depender do índice replicado.

Em geral, o investimento em ETF se baseia na valorização das cotas, que podem ser vendidas com lucro no futuro.

Afinal, ETFs podem gerar renda passiva?

Até aqui, você entendeu como funciona o investimento em ações e ETFs, além de compreender como os papéis podem gerar renda passiva. Então é natural querer saber se os fundos de índice também distribuem dividendos.

Embora a carteira de um ETF possa ser formada por ações de diferentes empresas, os fundos de índice no Brasil não repassam eventuais dividendos recebidos para os seus cotistas. Isso acontece mesmo que os papéis façam a distribuição de lucros.

Nesse caso, o gestor recebe os dividendos e reinveste o montante nas alternativas que compõem o veículo. Ou seja, quando o gestor reinveste os dividendos, ele compra novos ativos e faz o patrimônio do fundo aumentar.

Na prática, as movimentações realizadas podem contribuir para a valorização das cotas do ETF no longo prazo. Assim, apesar de não haver o pagamento de dividendos, os ETFs também podem fazer parte da carteira de investidores que desejam ter renda passiva.

Isso porque, quando um fundo de índice reinveste os dividendos e aumenta o patrimônio, o preço das cotas tende a aumentar. Portanto, a estratégia pode ser vantajosa para a sua carteira e permitir a venda dos ETFs com lucro no futuro.

Entre ações e ETFs, qual a melhor alternativa para ter renda passiva?

Com essas informações, fica mais fácil escolher a melhor alternativa para ter renda passiva. Se o seu objetivo é receber dividendos, as ações são mais adequadas. Outras possibilidades são:

Eles também podem fazer a distribuição de dividendos para os investidores, ajudando a compor uma fonte de renda passiva. Para acompanhar a distribuição, é importante contar com o auxílio da tecnologia para organizar o recebimento desses proventos.

Dessa forma, você aumenta as chances de montar uma carteira que garanta o recebimento de dividendos recorrente. Ademais, vale ressaltar que o fato de o ETF não distribuir proventos não significa que você não possa ter esses fundos no portfólio.

Eles podem ajudar a compor uma carteira diversificada e a impulsionar estratégias que visam a valorização de ativos. Nesse sentido, pode ser interessante compor o portfólio com ETFs e outros investimentos, desde que eles sejam adequados ao seu perfil e objetivos.

Agora você sabe que ações e ETFs podem fazer parte da carteira de investimentos de um investidor que deseja ter renda passiva. No entanto, existem diferenças na possibilidade de receber dividendos, então vale apena considerá-las antes de investir.

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