Os ETFs que pagam dividendos estão chegando no Brasil. Entenda!

Analisar o seu perfil de investidor e objetivos financeiros é essencial para a escolha dos investimentos que integrarão a sua carteira. Por exemplo, se você deseja montar um portfólio focado em renda passiva, poderá se interessar por ativos que distribuem dividendos.

Por muito tempo, os ETFs estavam fora das alternativas com possibilidade de pagamento desse provento. Mas essa realidade mudou. Em 2023, a B3 (a bolsa de valores brasileira) indicou que esses fundos também poderão pagar dividendos.

Quer saber mais sobre essa novidade no mercado e as vantagens que ela oferece? Confira o que são e como funcionam os ETFs que pagam dividendos.

Não perca!

O que são e como funcionam os ETFs?

ETF é a sigla para exchange traded fund ou fundo de índice, em adaptação ao português. Eles são um tipo de fundo de investimento que tem o objetivo de replicar a performance de um índice de referência.

Formado pela comunhão de recursos de diversos investidores, esses fundos investem nos mesmos ativos que integram a carteira teórica de um benchmark. O capital fica sob a administração de um gestor profissional, responsável por montar a carteira do ETF para atingir os objetivos propostos.

Os encargos e despesas desses veículos de investimentos são rateados entre todos os seus participantes — também chamados de cotistas. Um dos principais custos envolvidos é a taxa de administração, referente à remuneração do trabalho prestado pelo gestor e sua equipe.

Considerando que a atuação do gestor fica restrita ao espelhamento do índice escolhido (gestão passiva), a taxa de administração costuma ser menor que a encontrada em fundos de gestão ativa. Ademais, não é comum a cobrança de taxa de performance em ETFs.

Até 2022, os ETFs presentes na B3 eram do tipo total return. Isso significa que os ganhos obtidos com os investimentos realizados pelo gestor, como os dividendos, eram reinvestidos em mais ativos para o fundo.

Contudo, a partir do primeiro trimestre de 2023, a B3 indicou que poderão ser lançados ETFs do tipo price return. Esses são fundos de índice que realizam a distribuição de dividendos entre os seus cotistas.

Como funcionarão os ETFs que pagam dividendos?

A princípio, o funcionamento de um ETF do tipo price return será bastante semelhante aos do tipo total return. No entanto, eles realizarão a distribuição dos dividendos obtidos com os ativos que integram o portfólio do fundo em vez de reinvesti-los.

Como os ETFs replicam a carteira teórica de índices de mercado, é bastante comum que eles sejam compostos por ações de empresas. Por exemplo, um ETF que tenha o Índice Bovespa como benchmark terá um portfólio composto pelos papéis de maior representatividade da B3.

Ademais, essas companhias podem realizar a distribuição de dividendos periodicamente. Contudo, como nesse caso o fundo é o investidor direto dos papéis, os proventos são pagos para ele e não para o cotista.

Com a novidade anunciada pela B3, os ETFs poderão repassar os dividendos recebidos aos seus investidores. A ideia é que a distribuição seja feita de forma proporcional à quantidade de cotas que cada investidor possui, como acontece em fundos imobiliários (FIIs), por exemplo.

Quais são as vantagens desse novo tipo de ETF?

Depois de ver o conceito e funcionamento desse novo tipo de ETF, é pertinente explorar as suas vantagens.

O principal benefício trazido por um ETF que paga dividendos é a possibilidade de ter esse veículo de investimento como fonte de renda passiva. No entanto, por se tratar de uma alternativa de renda variável, é válido destacar que a distribuição de dividendos não é garantida.

Na realidade, assim como qualquer outro investimento que distribui esse provento, o seu efetivo pagamento dependerá de o fundo ter lucros para conseguir fazer o seu repasse. Contudo, o fato de o ETF investir em diferentes ativos aumenta as chances de distribuição.

Inclusive, essa é outra vantagem a ser destacada. Afinal, com apenas uma cota você poderá receber os dividendos de qualquer alternativa presente no portfólio do fundo. Isso torna o investimento mais acessível e aumenta o potencial de diversificação da sua carteira.

Ademais, o fato de a gestão do investimento ser feita por um profissional do mercado é outro benefício. Isso retira do investidor o peso de acompanhar o desempenho de cada ativo presente na carteira do fundo, bem como de remanejá-los periodicamente.

Ainda que você continue responsável pela gestão do seu portfólio pessoal, a administração da carteira de um ETF é exclusiva do seu gestor. Ele toma as decisões com base em estratégias específicas e na sua expertise, não havendo influência ou participação dos cotistas.

Como começar a investir nesse veículo?

Após o lançamento dos ETFs que pagam dividendos na bolsa brasileira, você pode querer saber como investir neles.

Semelhante à negociação de outros tipos de ETFs presentes na B3, a compra e venda de cotas poderá ser feita por meio de um home broker. Trata-se de uma plataforma digital que conecta o investidor ao ambiente da bolsa de valores.

Para você ter acesso a essa plataforma, basta abrir conta junto a uma corretora de valores ou banco de investimentos. Além de atuarem como intermediários das negociações, essas instituições costumam fornecer um home broker para que os seus clientes acessem o mercado.

Na plataforma, você precisará digitar o código de negociação do ETF desejado, composto por uma sequência de letras e números. Depois, indique a quantidade de cotas e o preço que você deseja pagar por elas. O próximo passo será enviar a ordem de compra e aguardar a sua execução.

Depois, a liquidação acontece em poucos dias. Assim que as cotas estiverem disponíveis na sua carteira, você estará participando dos resultados e riscos do ETF adquirido.

Depois de saber que será possível investir em ETFs que pagam dividendos na bolsa brasileira, você pretende investir neles? Ao alocar os seus recursos, não deixe de tomar as suas decisões com base no seu perfil de investidor e objetivos financeiros.

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