O que é subscrição de ações e quais as vantagens de exercer esse direito?

Ao investir no mercado acionário, é importante conhecer as regras e os direitos adquiridos para aproveitar as vantagens que você pode obter. Nesse sentido, a subscrição de ações é um direito dos acionistas que pode ser essencial quando as empresas que emitem novos papéis.

No entanto, antes de aproveitar essa alternativa é preciso entender quais são as regras que regem esse direito e o que ele representa. Assim, você poderá definir se ela faz sentido para o seu portfólio e para a sua estratégia.

A seguir, veja as principais informações sobre a subscrição de ações para investidores e quais são as vantagens de exercer esse direito.

Boa leitura!

O que é subscrição de ações?

Ao adquirir ações e participar dos resultados de uma companhia de capital aberto, você pode ter acesso a outras vantagens, como é o caso da subscrição de ações. Esse é um tipo de provento que pode ser distribuído pelas empresas na bolsa de valores.

Na prática, o direito de subscrição dá aos acionistas a preferência na compra dos seus papéis em situações específicas. Ele é concedido caso a companhia aumente o seu capital social e ofereça novas ações no mercado para captar recursos.

Por meio desse direito, os sócios têm a oportunidade de manter a proporção da participação na companhia. Isso ocorre porque quando a organização aumenta o seu capital social, o percentual de participação acionária é diluído. 

Imagine uma empresa que emitiu 1 milhão de ações em sua oferta pública inicial (IPO). Após um período, ela expande o seu capital e realiza o follow on, ou seja, uma nova emissão, com mais 1 milhão de papéis.

Nesse caso, os acionistas teriam sua participação percentual nos resultados da empresa reduzida pela metade. Portanto, seria necessário adquirir a mesma quantidade de papéis para manter a proporção da sociedade. O direito de subscrição está relacionado a essa manutenção no percentual, como você verá adiante.

Como funciona a subscrição de ações?

Sabendo o que é o direito de subscrição de ações, fica mais fácil entender como ele funciona. Ao realizar uma nova emissão de papéis, a empresa deve divulgar as informações sobre a subscrição, como:

  • quantidade de novas ações emitidas;
  • preço cobrado no direito de subscrição;
  • cota de reserva permitida para cada investidor;
  • prazo para o investidor manifestar interesse no exercício do direito.

Também vale considerar que a subscrição de ações é um direito e não uma obrigação. Isso significa que os acionistas podem decidir se querem exercê-lo ou não. Em alguns casos, o investidor também pode vender o seu direito de subscrição e aproveitar o provento para rentabilizar a carteira.

É interessante notar que o funcionamento da subscrição nos fundos imobiliários (FIIs) é bastante semelhante. Ela ocorre quando o fundo imobiliário decide ampliar o seu capital. Desse modo, os participantes devem ser avisados sobre a possibilidade de adquirir novas cotas e o FII deve disponibilizar todas as informações e prazos.

As alternativas que não forem vendidas durante o período de subscrição podem ser oferecidas pela companhia ou FII ao mercado, ficando acessíveis a todos os investidores.

Quais as vantagens do direito de subscrição de ações para o investidor?

O direito de subscrição pode proporcionar algumas vantagens ao investidor, que devem ser consideradas no momento da decisão. A principal delas, como você viu, é a chance de manter a participação proporcional nos resultados da empresa.

Além disso, comprar ações na subscrição pode representar uma oportunidade de adquirir papéis a um preço mais baixo em relação à cotação do mercado.

Considere também que o aumento na captação de recursos da empresa pode estar relacionado ao seu crescimento. Se for esse o caso, há um potencial de valorização dos seus ativos no longo prazo.

Por fim, é válido destacar que a compra de novas ações em uma companhia que já está em seu portfólio proporciona o aumento do seu patrimônio investido. Com mais papéis em sua carteira, a exposição aos resultados também aumenta — e você poderá receber mais dividendos, por exemplo.

Vale a pena exercer esse direito?

Apesar de oferecer benefícios, é necessário avaliar quando vale a pena exercer o direito de subscrição de ações. O primeiro fator a ser estudado é o potencial de crescimento da empresa.

Você já entendeu que o aumento da captação de recursos de uma companhia, através do follow on, pode representar uma possibilidade de bons resultados, certo? Mas isso não é necessariamente verdadeiro e a projeção pode não se concretizar.

Portanto, considere a subscrição como um novo investimento, o que faz com que ele demande análises para identificar se essa é uma oportunidade vantajosa para a sua estratégia. É essencial estudar os fundamentos da empresa, a saúde financeira e outros indicadores que ajudem a tornar a decisão racional.

Da mesma maneira, é imprescindível analisar se a aquisição de novas ações se enquadra na sua estratégia de investimentos. Perceba que essa operação representará uma mudança na proporção dos ativos em sua carteira, então pondere se a aquisição respeita o seu perfil de investidor.

Também é válido examinar se a compra dos papéis tem o potencial de beneficiar as suas metas nos investimentos. Desse modo, você pode identificar uma boa oportunidade, mantendo o foco no seu planejamento principal.

Como exercer o direito de subscrição?

Caso você opte por exercer o direito de subscrição e queira adquirir os novos papéis, o primeiro passo é se reportar à instituição escolhida para fazer os investimentos. Nesse momento, é fundamental indicar o interesse em exercer o seu direito.

Você também deverá informar a quantidade de ações desejada. Note que um acionista pode comprar todos os ativos reservados para ele ou apenas parte dos papéis.

O procedimento seguinte é semelhante à compra de novos ativos. Assim, basta realizar a transferência dos recursos para a instituição e aguardar o prazo indicado pela empresa emissora das ações para que a operação seja concretizada.

Similarmente, se a venda do provento for autorizada e você optar por se desfazer do direito, o procedimento deve ser realizado junto à instituição financeira que detém a custódia da sua carteira. A venda também deve respeitar os prazos estipulados pela companhia emissora dos ativos.

Como foi possível aprender, o direito de subscrição de ações é um provento adquirido ao comprar os papéis de uma companhia. Ele tem uma função importante no seu portfólio, podendo representar uma oportunidade. Porém, antes de exercer o direito é preciso analisar se a escolha faz sentido para a sua estratégia.

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