O que é risco sistêmico e qual a sua relação com investimentos?
Todo investidor tem sua carteira exposta às oscilações do mercado. Mesmo que ele tenha um perfil conservador e opte por investimentos mais seguros de renda fixa, ainda poderá ter problemas em casos de eventuais crises. Assim, o risco sistêmico e o não sistêmico são duas questões que uma pessoa deve conhecer para se proteger da volatilidade do mercado. Dessa maneira, será possível ficar mais atento aos contextos políticos, econômicos e mercadológicos ao realizar investimentos de qualquer classe. Prossiga com a leitura deste conteúdo e saiba como o risco sistêmico pode impactar sua carteira de investimentos! Existem situações capazes de afetar negativamente todos os setores do mercado financeiro ao mesmo tempo. A probabilidade desse tipo de acontecimento define o risco sistêmico, também conhecido como não diversificável. Desse modo, o risco sistêmico é a possibilidade de um evento desestabilizar o sistema econômico em sua totalidade. Quando ele ocorre, todas as áreas interligadas da economia sofrem com a volatilidade dos recursos financeiros. Entre os eventos que podem contribuir com os riscos sistêmicos, estão: O principal exemplo de crise sistêmica que o Brasil enfrentou nos últimos anos foi a pandemia de covid-19. As preocupações referentes ao grau de periculosidade do vírus, agregadas as incertezas sobre os impactos globais do lockdown na economia, colocaram todo o planeta em uma crise financeira. No Brasil, a pandemia de Covid e outros fatores como a variação do preço do petróleo foram responsáveis por quedas históricas do Ibovespa, preocupando os investidores. Apenas no mês de março de 2020, quando foi declarada a pandemia oficialmente, a bolsa de valores brasileira (B3) passou por 6 circuit breakers. Entretanto, é preciso entender que os riscos sistêmicos não impactam só investidores que operam na bolsa. Isso porque quem investe em renda fixa ou em fundos de investimentos também expõe sua carteira a possíveis oscilações causadas por crises. Agora que você compreendeu o que é o risco sistêmico, vale a pena conhecer a diferença dele para o risco não sistêmico. O risco não sistemático envolve os problemas que, em vez de afetar todo o sistema econômico ou mercado, prejudicam apenas setores específicos da economia. Nesse conceito, também conhecido como risco específico, a crise pode até afetar diferentes segmentos econômicos, mas não há impacto direto em outros setores. Então esse risco é considerado diversificável. Veja exemplos de segmentos que podem sofrer com riscos não sistêmicos: Após entender os conceitos de riscos sistêmicos e riscos não sistêmicos, você deve aprender como lidar com esses conceitos ao realizar investimentos. Afinal, saber analisar e, sobretudo, lidar com riscos do mercado é uma das características essenciais para que um investidor seja bem-sucedido. Além disso, esses dois tipos de riscos de investimento têm características diferentes quando se trata de administrá-los. A seguir, conheça as formas de gerenciar e prevenir cada tipo de risco! O risco não sistemático pode ser reduzido a partir de estratégias específicas. Como ele ocorre em segmentos de mercado específicos, você consegue aumentar a segurança da sua carteira por meio da diversificação dos investimentos. A estratégia consiste em evitar que todos seus recursos financeiros sejam investidos em uma única classe, mercado ou setor. Caso opere na bolsa de valores, por exemplo, procure variar nos ativos e nos segmentos das empresas que investirá Assim, ao distribuir seus recursos em empresas de diversos setores, você dilui o seu potencial de perda em caso de crise em um dos segmentos. Também vale recorrer a outras classes e ativos para ampliar a proteção. Diferentemente dos riscos não sistêmicos, a gestão dos riscos sistêmicos é mais difícil de ser realizada. O motivo é que os riscos associados a eles interferem em todos os setores do mercado — tornando a diversificação de carteira uma forma de proteção insuficiente. Sendo assim, independentemente da estratégia e conhecimento econômico, os investidores sempre estarão expostos a possíveis riscos sistêmicos. Isso ocorre porque muitas crises que afetam a macroeconomia são imprevisíveis mesmo para especialistas. Além disso, como a tendência é que todos os setores e mercados sejam atingidos pelas crises, a diversificação dificilmente será suficiente para proteger o patrimônio. Ainda assim, vale destacar que existem maneiras de ter mais segurança ao investir, pensando no risco sistêmico. Veja quais são as principais dicas! Ter uma carteira com investimentos de longo prazo é uma forma de proteger o seu dinheiro em casos de crises econômicas. O motivo para isso é a tendência de que, com o tempo, os mercados consigam se recuperar, reduzindo os impactos dessas oscilações nos resultados obtidos. Dessa forma, você se expõe menos à volatilidade que o mercado financeiro pode sofrer a curto e médio prazo em períodos de crise. Ainda que não seja possível prever a ocorrência de situações que se encaixam no risco sistêmico, você pode ter uma reação mais rápida se estiver acompanhando o mercado. Por esse motivo, vale a pena se manter informado sobre questões econômicas, financeiras e de negócios. A medida permitirá compreender melhor as oscilações do mercado e traçar estratégias que ajudem a superar esses momentos com maior tranquilidade. Outra opção para diminuir os problemas envolvendo os riscos sistêmicos é a busca por ajuda profissional na hora de investir. Você pode buscar um assessor de investimentos, por exemplo, para ter mais informações sobre as alternativas do mercado, o que ajuda a tomar decisões mais embasadas. Neste artigo, você entendeu o conceito de risco sistêmico e de risco não sistêmico e viu que conhecê-los é fundamental ao investir no mercado financeiro. Ao saber como lidar com essas questões, você poderá tomar decisões melhores para o seu patrimônio. Gostou do conteúdo e quer aprender mais sobre investimentos? Saiba como funcionam os fundos de ações!O que é risco sistêmico ou sistemático?
Qual a diferença do risco sistêmico para o risco não sistêmico?
Como gerenciar esses riscos nos investimentos?
Gerenciando o risco não sistêmico
Gerenciando o risco sistêmico
Tenha investimentos a longo prazo
Acompanhe o mercado
Invista com a ajuda de profissionais