Como investir com exposição a moedas internacionais?

Ao explorar o mercado de investimentos, vale considerar descobrir formas de diversificar sua carteira para mitigar os riscos. Nesse sentido, a exposição a moedas internacionais é uma maneira de rentabilizar em outros mercados e dolarizar seu patrimônio.

Portanto, se seu perfil de investidor e objetivos estiverem alinhados com as propostas oferecidas no exterior, vale a pena entender maneiras de investir internacionalmente. Assim, você terá contato com moedas mais fortes e seguras.

Ficou interessado em saber mais sobre como se expor ao mercado internacional? Prossiga na leitura para entender o que considerar antes de investir assim!

Como investir e se expor ao mercado internacional?

As opções de investimentos internacionais que possibilitam exposição a moedas estrangeiras — como dólar, libra e euro — são diversas. Algumas permitem ser acessadas diretamente pelo mercado financeiro externo, e outras podem ser investidas pelo brasileiro.

É o caso de operações realizadas pela bolsa de valores brasileira (B3) com rentabilidade vinculada à moeda estadunidense. Isso significa que você tem a possibilidade de analisar alternativas estrangeiras e fazer aportes mediados por instituições nacionais.

Outra forma de se expor ao mercado externo é investir em bolsas internacionais de forma direta. Para tanto, você deve abrir uma conta no exterior ou uma conta internacional e se encarregar dos pagamentos das taxas cambiais e outros processos burocráticos.

O que considerar para fazer investimentos internacionais?

Após entender as possibilidades no mercado internacional, existem pontos que precisam ser analisados para orientar melhor as decisões de aporte. Afinal, os investimentos apresentam vantagens e riscos que devem ser entendidos para adequar a escolha a seus objetivos e perfil de investidor.

Veja os principais aspectos que precisam ser levados em conta na hora de investir internacionalmente, a seguir!

Volatilidade cambial

A oscilação cambial diz respeito à variação — muitas vezes, imprevisível — das taxas de câmbio que relacionam duas moedas. Ela pode ter influência de fatores como instabilidade política e econômica e alterações na política monetária, além de flutuações no mercado financeiro.

Antes de partir para os investimentos, considere analisar as variações cambiais e identifique o momento mais vantajoso para realizar a negociação das alternativas. Dessa forma, você pode minimizar riscos de perda monetária.

Análise macroeconômica

Outro aspecto fundamental a ser investigado que afeta as alternativas são os efeitos da situação macroeconômica. Por essa razão, vale buscar análises e indicadores que revelem como os investimentos se relacionam com a economia global.

Os indicadores tendem a exercer influências diretas sobre as ações, por exemplo, porque elas não estão desassociadas da economia global. Sendo assim, as empresas de setores específicos são afetadas pela conjuntura global de maneiras diferentes.

Gestão de riscos cambiais

Como visto, investimentos com exposição a moedas internacionais estão sujeitos a flutuações da taxa de câmbio. Então a gestão de riscos cambiais proporciona estratégias adotadas para minimizar os impactos.

Para tanto, são feitos processos como identificar, avaliar e gerenciar os riscos relacionados às alterações cambiais. Desse modo, há como proteger a rentabilidade das operações internacionais para manter um nível de estabilidade.

Quais são as alternativas de investimentos disponíveis?

Agora você sabe como funciona o mercado de investimentos internacional e o que considerar antes de fazer um aporte. Então é o momento de conhecer as alternativas viáveis para a modalidade.

Acompanhe, a seguir, as possibilidades diretas e indiretas!

Investimento direto

Conforme visto, é viável investir com exposição a moedas internacionais a partir de alternativas diretas. A prática implica entender que as negociações de ativos e títulos são feitas por meio do mercado e de bolsas de valores estrangeiras.

Para fazer os aportes diretos em países como os Estados Unidos, é preciso seguir algumas etapas. Primeiro, você deve abrir uma conta em uma instituição financeira do país escolhido ou uma conta internacional, que permitirá fazer a conversão de câmbio do valor a ser investido.

Investimento indireto

Muitos investidores preferem evitar eventuais burocracias da abertura de conta no exterior. Além disso, a necessidade de conhecer as regras do mercado selecionado e as tributações envolvidas para investir também podem ser consideradas uma desvantagem para alguns.

Confira as principais maneiras de investir indiretamente com exposição a moedas internacionais!

Fundos cambiais

A modalidade de investimento é composta por uma carteira compartilhada, gerida por um gestor profissional. Suas cotas estão disponíveis em plataformas de investimento.

Nesse caso, o gestor é responsável pelas movimentações do patrimônio conforme a política estabelecida pelo fundo e já avaliada pelo investidor antes do aporte. As carteiras dão prioridade à exposição de moedas estrangeiras.

ETFs

Os ETFs (exchange traded funds) também são fundos de investimentos, mas estão focados em replicar o desempenho de um índice financeiro específico. Isso é feito a partir do investimento em ativos que compõem a carteira teórica do índice, e as cotas são negociadas em bolsa de valores.

Os fundos de índice estão disponíveis como renda fixa ou variável. Os primeiros costumam espelhar índices de preços ou de taxas de juros. Já os ETFs de renda variável estão atrelados a benchmarks ligados a ações, commodities, moedas e outros.

Há ETFs brasileiros que replicam índices internacionais e, assim, expõem o investidor ao dólar indiretamente — uma prática simplificada para dolarizar seu patrimônio. Nessa situação, a remessa de capital é interna, o que significa uma redução de custos cambiais.

BDRs

Os BDRs (brazilian depositary receipts) são outra possibilidade de investimentos indiretos que podem ser acessados pela B3. Eles são lastreados em investimentos externos, como ações, títulos, ETFs e mais alternativas internacionais.

Os BDRs funcionam a partir de dois elementos principais. O primeiro é a figura responsável por fazer o investimento no exterior, chamada de depositária. O segundo elemento é o custodiante, encarregado de manter a custódia das alternativas, de modo que não ocorram vendas ou resgates.

Por ser um investimento indireto, você não será titular do ativo lastreado, mas terá um certificado ligado a ele. De qualquer forma, os lucros pela valorização da alternativa ou recebimentos de proventos — quando há distribuição — são repassados aos investidores.

Investimentos alternativos

Além dos anteriores, existem os investimentos alternativos — não negociados no mercado tradicional. Os ativos tokenizados, por exemplo, podem ser adquiridos para que o investidor participe dos resultados de ativos reais, em vez de se expor de forma direta.

Dentro dessa modalidade de investimento indireto, há alternativas ligadas a produções audiovisuais, como as cinematográficas — muitas delas expostas ao dólar. Também existe a possibilidade de relacionar o token com imóveis, obras de arte, itens colecionáveis, royalties e créditos de carbono, entre outros.

Como você viu, expor-se a moedas internacionais é uma possibilidade acessível a partir da bolsa de valores brasileira ou por meio de instituições externas. Assim, direta ou indiretamente, há como diversificar a carteira com alternativas que se alinhem com seus objetivos.

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