7 Passos essenciais para começar a investir em renda variável

O mercado financeiro conta com diversas oportunidades para quem deseja investir em renda variável. A classe é composta por ativos e veículos como ações, fundos imobiliários (FIIs), exchange traded funds (ETFs), brazilian depositary receipts (BDRs) e outras possibilidades.

As alternativas dessa classe costumam chamar atenção pelo potencial de retorno mais alto que aquele encontrado nas alternativas de renda fixa. Entretanto, os riscos também são mais elevados devido à falta de previsibilidade ou garantias quanto ao desempenho.

Por isso, há pontos relevantes que você precisa conhecer antes de iniciar suas movimentações na classe. Então confira 7 passos essenciais para começar a investir em renda variável!

1. Entenda como funciona a classe

O primeiro passo para iniciar seus investimentos em renda variável é compreender como funciona a classe. Nesse caso, é importante destacar que, diferentemente do que acontece na renda fixa, não existem regras predefinidas de retorno.

Para entender melhor, considere o investimento em ações. Ao comprar esses ativos de uma companhia, você se torna sócio da empresa listada na bolsa de valores. Logo, a valorização dos papéis dependerá do desempenho da empresa e do comportamento do mercado.

Cenários similares acontecem quando você compra cotas de fundos de investimento, por exemplo. Com eles, você expõe seu capital à performance do portfólio do veículo — que, sendo de renda variável, estará exposto às oscilações do mercado.

Nesse sentido, existem duas maneiras principais de lucrar com o investimento em renda variável. A primeira delas é por meio da valorização do ativo. Assim, você pode vendê-lo por um preço mais alto do que pagou e consolidar seus ganhos — mas não há como garantir esse resultado.

A segunda solução envolve a geração de renda passiva. Muitos ativos de renda variável, como ações, FIIs e BDRs, podem distribuir proventos aos investidores — como dividendos, que são parcelas do lucro líquido. Desse modo, eles podem oferecer pagamentos regulares.

2. Identifique o seu perfil de investidor

Após saber como o investimento em renda variável funciona, você deve avançar para a identificação do seu perfil de investidor. Como ele é uma classificação da sua tolerância ao risco, entendê-lo é fundamental para iniciar as suas movimentações.

Com isso em mente, lembre-se de que o investimento em renda variável não apresenta garantias de retorno. Na verdade, você pode lidar com prejuízos — e por isso o risco da classe é mais elevado.

Portanto, investir em alternativas de renda variável costuma ser uma possibilidade mais adequada para investidores com mais alta tolerância ao risco. Ou seja, aqueles com perfil moderado ou arrojado que buscam melhores perspectivas de retorno.

Contudo, o grau de risco varia conforme cada alternativa do mercado financeiro. Por exemplo, a ação de uma empresa recém-listada na bolsa pode ser mais arriscada que os papéis de uma companhia de grande porte e líder no seu segmento.

Então avalie o seu perfil para entender quais riscos você poderá assumir no mercado. O processo será relevante para sua tomada de decisão e o ajudará a equilibrar o portfólio.

3. Trace seus objetivos financeiros

O terceiro passo para começar seus investimentos na renda variável é traçar objetivos financeiros com prazos claros. Isso é importante porque, normalmente, as movimentações com alternativas de renda variável costumam ser mais adequadas para o médio e longo prazo.

Vale a pena destacar que é possível lucrar com a classe no curto ou curtíssimo prazo. Entretanto, essas operações estão ligadas à especulação financeira, cujo foco é aproveitar oportunidades geradas pela volatilidade do mercado, com foco nos preços e no volume de negociação dos ativos.

Com os investimentos, por outro lado, o foco deve estar em analisar as características do ativo e os fundamentos da empresa ou fundo para identificar as oportunidades e os riscos. Logo, o investimento focado no médio e longo prazo tem como expectativa a valorização no futuro.

Ademais, o foco em horizontes mais amplos serve para diluir parte dos riscos presentes no investimento. Isso acontece porque os impactos das eventuais oscilações são mais intensos no curto prazo, enquanto os ativos podem amadurecer e se consolidar com o passar dos anos.

4. Escolha os ativos que mais alinham com sua carteira

Até aqui, você já conferiu os principais elementos para considerar antes do seu investimento em renda variável. Após concluir essas etapas, você pode avançar para a escolha dos ativos que terão alinhamento com sua carteira.

Como você acompanhou, a renda variável conta com muitas possibilidades, desde ações até fundos de investimento. Logo, há diversas alternativas e cada uma delas apresenta suas próprias características, com vantagens e desvantagens.

Portanto, analise como cada investimento funciona e identifique os pontos positivos para sua estratégia. Por exemplo, no investimento em ações, vale a pena fazer análises fundamentalistas para entender qual a realidade de cada empresa e quais as oportunidades do investimento.

Já em um FII, você também precisa analisar indicadores fundamentalistas, mas o processo pode ter algumas especificidades em comparação à avaliação que é feita em uma empresa, por exemplo.

5. Abra sua conta em uma instituição financeira

Agora que você sabe quais são as alternativas para incluir na sua carteira, chegou o momento de abrir sua conta em uma instituição financeira. Então avalie as funcionalidades de cada plataforma antes de avançar com o processo.

É importante analisar a usabilidade da plataforma, os custos envolvidos para suas finanças e a reputação da empresa no mercado. Também é fundamental saber quais alternativas são oferecidas na plataforma — especialmente para fundos de investimento e alternativas de renda fixa.

6. Diversifique seus investimentos

Com sua conta de investimentos aberta e os ativos selecionados, existe outro ponto que precisa da atenção: a diversificação da carteira. A prática consiste em aproveitar as diferentes oportunidades que o mercado oferece para evitar a concentração do portfólio.

Em geral, quando você investe em alternativas com características similares, não há diversificação de riscos. Ou seja, você ficará mais vulnerável à volatilidade do mercado e todo o patrimônio poderá ser impactado por um mesmo cenário.

Então o ideal é investir em alternativas descorrelacionadas ou com correlação negativa para conseguir equilibrar o seu portfólio. É o caso de investir em ações de empresas de diferentes setores, em fundos de diferentes tipos e mesmo uma parte do capital em renda fixa ou ativos alternativos.

7. Acompanhe seus resultados

Por fim, você deve definir uma rotina para monitorar seus resultados no mercado. É interessante avaliar regularmente a performance dos seus investimentos e conferir se eles continuam adequados para seu perfil e seus objetivos.

O processo será relevante para entender se a sua estratégia de investimentos foi a mais adequada para o período e se os ativos da carteira mantêm os fundamentos que você avaliou inicialmente. Se for necessário, você poderá rebalancear a carteira.

Como você viu, investir em renda variável pode ser uma oportunidade para ampliar o potencial de retorno do seu portfólio. Agora que você conferiu os 7 passos essenciais para começar, é oportuno colocá-los em prática para iniciar seus investimentos.

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